sábado, 13 de março de 2010
Morar no exterior não é sinônimo de falar inglês fluente. prestem atenção a isso
Passar um período fora do Brasil para aprender a falar inglês é a escolha de muita gente que precisa se aperfeicoar no idioma. O mito é que basta sair do Brasil e passar alguns meses fora para voltar falando fluentemente. Infelizmente não é tão simples quanto parece. Julio César mora em Londres há 4 meses. Antes, morou por mais de um ano em Portugal – o que explica porque ele diz “casa de banho” no lugar de banheiro. Ele trabalhava como ator dublê no Brasil e sonha em fazer o mesmo pela Europa. Enquanto isso, trabalha na cozinha de um restaurante brasileiro.
A história de Júlio é parecida com a de muitas pessoas que saem do Brasil. Por causa do alto custo de vida em cidades como Londres ou Dublin, não é possível escolher por muito tempo o tipo de trabalho que vai fazer: faxineiro, ajudante de cozinha, garçom, pedreiro… essas são algumas das profissões mais comuns entre brasileiros no exterior, mesmo aqueles com diploma universitário.
A boa notícia é que em qualquer um desses trabalhos a pessoa consegue se sustentar e ainda muitas vezes sobra dinheiro para fazer viagens pela Europa. A má é que a pessoa que só trabalha e não estuda dificilmente vai voltar para o Brasil falando inglês fluentemente, mesmo que fique alguns anos no morando fora.
Entre os fatores que dificultam o aprendizado do inglês no exterior estão:
* Excesso de trabalho. Em muitos países da Europa o salário é pago por hora, o que incentiva as pessoas a trabalharem longas horas para juntar dinheiro, viajar, comprar eletrônicos ou ajudar os familiares no Brasil. Com tanto trabalho, sobra pouco tempo para se dedicar ao aprendizado do inglês.
* Os colegas do ambiente de trabalho são, em grande maioria, estrangeiros que também estão tentando aprender o idioma. Por causa disso, muitas vezes aprende-se inglês gramaticalmente incorreto e vocabulário restrito.
* Poucas escolas de inglês no exterior são sérias. A maioria não tem um bom sistema de ensino e de avaliação do aluno.
Esses três ítens formam um círculo vicioso, em que a pessoa trabalha para manter o padrão de vida e não se aperfeiçoa no idioma. Para fugir desse círculo, é essencial reservar um tempo para o estudo e lembrar que inglês não se aprende por osmose.
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